Câmara de Santos - o Castelinho. Foto: Diário do Litoral |
Marcus Vinicius Batista
O castelinho, onde fica a Câmara Municipal de Santos, permanecerá como um reino de conto de fadas. Houve mudanças nos personagens, mas a direção da história continuará a mesma. Nove vereadores foram trocados para a próxima legislatura, muitos assumirão em primeiro mandato.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa manterá a base de apoio intacta. 19 dos 21 vereadores eleitos pertencem a partidos que apoiam o Poder Executivo.
A oposição será composta pelos dois vereadores do PT, Telma de Souza e Chico, do Settaport. Chico, ao contrário dos candidatos do Partido dos Trabalhadores, não só usou a sigla na campanha como manteve o nome no próprio registro eleitoral (Chico do PT). Um ato de coragem na maior crise da história do partido.
O PSDB continuará como maior bancada, com oito parlamentares. Hoje, tem dez vereadores, mas começou a gestão com meia dúzia. A tendência é crescer ao longo dos próximos quatro anos.
A maior novidade é o PR, liderado por Odair Gonzalez, atual presidente da Prodesan e ex-vereador. O PR chegou a chorar a vaga de vice-prefeito durante a pré-campanha e tem dois vereadores. Um deles, Sérgio Santana, se reelegeu. Murilo Barletta, não. Portanto, dois dos novatos são do partido.
A grande surpresa foi a votação de Kenny Mendes (PSDB), com mais de 24 mil votos, recorde histórico. Entre os nomes novos, as principais respostas nas urnas foram Fabiano da Farmácia (PR), com 4.481 votos, e Audrey Kleys (PP), com 4.375.
Audrey, aliás, era jornalista da TV Tribuna há quatro anos, quando foi trabalhar na equipe de campanha do então candidato Paulo Alexandre Barbosa. Depois da eleição, entrou na Secretaria de Educação, onde foi vítima de preconceito por conta de sua formação acadêmica. Tornou-se secretária-adjunta da pasta. Imagino como muitas supervisoras e diretoras devem se sentir com o resultado eleitoral.
Rui de Rosis (PMDB) foi o quinto mais votado, com 4.378, herança eleitoral do irmão Marcus, morto durante esta gestão quando era presidente da Câmara.
Os demais novatos são: Bruno Orlandi (PSDB), Lincoln Reis (PR), Fabrício do DVD (PSB) e Augusto Duarte (PSDB). Os três primeiros bateram na trave, em 2012, aumentaram suas votações e passaram no vestibular. O nono nome é de Telma de Souza, que retorna à Câmara depois de oito anos.
Entre os vereadores que deixarão o cargo no final do ano, quatro eram previsíveis: José Lascane (PSDB), que não concorreu; Sandoval Soares (PSDB), que será vice-prefeito de Paulo Alexandre; Evaldo Stanislau (Rede), que saiu como vice na chapa de Paulo Schiff; e Marcelo Del Bosco (PPS), que ficou em quarto na disputa para prefeito.
Outros cinco tentaram a reeleição para vereador e perderam ou vão amargar a suplência. São eles: Murilo Barletta (PR), Professor Igor (PSB), Douglas Gonçalves (DEM), Geonísio Pereira Aguiar, o Boquinha (PSDB) e Jorge Vieira, o Carabina (PSDB).
Com exceção de Douglas, todos os demais estão em partidos da coligação vencedora. Os derrotados serão contemplados com cargos no governo ou voltarão às antigas atividades profissionais?
A próxima composição da Câmara, em termos políticos, será mais do mesmo. O prefeito não correrá riscos e sabia disso quando construiu a estratégia que resultou numa coligação de 16 partidos.
O Poder Legislativo, é provável, manterá sua postura de subserviência, salvo os gritos dos petistas ou demandas específicas de um ou outro parlamentar. O castelinho seguirá em harmonia, com finais felizes para o governo atual.
Só tenho curiosidade sobre qual será a moral da história, em 2020.
O castelinho, onde fica a Câmara Municipal de Santos, permanecerá como um reino de conto de fadas. Houve mudanças nos personagens, mas a direção da história continuará a mesma. Nove vereadores foram trocados para a próxima legislatura, muitos assumirão em primeiro mandato.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa manterá a base de apoio intacta. 19 dos 21 vereadores eleitos pertencem a partidos que apoiam o Poder Executivo.
A oposição será composta pelos dois vereadores do PT, Telma de Souza e Chico, do Settaport. Chico, ao contrário dos candidatos do Partido dos Trabalhadores, não só usou a sigla na campanha como manteve o nome no próprio registro eleitoral (Chico do PT). Um ato de coragem na maior crise da história do partido.
O PSDB continuará como maior bancada, com oito parlamentares. Hoje, tem dez vereadores, mas começou a gestão com meia dúzia. A tendência é crescer ao longo dos próximos quatro anos.
A maior novidade é o PR, liderado por Odair Gonzalez, atual presidente da Prodesan e ex-vereador. O PR chegou a chorar a vaga de vice-prefeito durante a pré-campanha e tem dois vereadores. Um deles, Sérgio Santana, se reelegeu. Murilo Barletta, não. Portanto, dois dos novatos são do partido.
A grande surpresa foi a votação de Kenny Mendes (PSDB), com mais de 24 mil votos, recorde histórico. Entre os nomes novos, as principais respostas nas urnas foram Fabiano da Farmácia (PR), com 4.481 votos, e Audrey Kleys (PP), com 4.375.
Audrey, aliás, era jornalista da TV Tribuna há quatro anos, quando foi trabalhar na equipe de campanha do então candidato Paulo Alexandre Barbosa. Depois da eleição, entrou na Secretaria de Educação, onde foi vítima de preconceito por conta de sua formação acadêmica. Tornou-se secretária-adjunta da pasta. Imagino como muitas supervisoras e diretoras devem se sentir com o resultado eleitoral.
Rui de Rosis (PMDB) foi o quinto mais votado, com 4.378, herança eleitoral do irmão Marcus, morto durante esta gestão quando era presidente da Câmara.
Os demais novatos são: Bruno Orlandi (PSDB), Lincoln Reis (PR), Fabrício do DVD (PSB) e Augusto Duarte (PSDB). Os três primeiros bateram na trave, em 2012, aumentaram suas votações e passaram no vestibular. O nono nome é de Telma de Souza, que retorna à Câmara depois de oito anos.
Entre os vereadores que deixarão o cargo no final do ano, quatro eram previsíveis: José Lascane (PSDB), que não concorreu; Sandoval Soares (PSDB), que será vice-prefeito de Paulo Alexandre; Evaldo Stanislau (Rede), que saiu como vice na chapa de Paulo Schiff; e Marcelo Del Bosco (PPS), que ficou em quarto na disputa para prefeito.
Outros cinco tentaram a reeleição para vereador e perderam ou vão amargar a suplência. São eles: Murilo Barletta (PR), Professor Igor (PSB), Douglas Gonçalves (DEM), Geonísio Pereira Aguiar, o Boquinha (PSDB) e Jorge Vieira, o Carabina (PSDB).
Com exceção de Douglas, todos os demais estão em partidos da coligação vencedora. Os derrotados serão contemplados com cargos no governo ou voltarão às antigas atividades profissionais?
A próxima composição da Câmara, em termos políticos, será mais do mesmo. O prefeito não correrá riscos e sabia disso quando construiu a estratégia que resultou numa coligação de 16 partidos.
O Poder Legislativo, é provável, manterá sua postura de subserviência, salvo os gritos dos petistas ou demandas específicas de um ou outro parlamentar. O castelinho seguirá em harmonia, com finais felizes para o governo atual.
Só tenho curiosidade sobre qual será a moral da história, em 2020.
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