O dilema de alguns candidatos: vencer ou proteger o líder? |
Marcus Vinicius Batista
Com o término das mornas convenções partidárias, a campanha eleitoral pode finalmente sair do armário. Na sexta-feira, confirmou-se o nono e último candidato a prefeito de Santos, o jornalista Edgar Boturão (PROS). Ele representará uma coligação de três partidos nanicos, sem chances de incomodar os cachorros maiores na rinha de outubro.
A entrada de Boturão no clube dos 9 reforça que a corrida eleitoral deve ser vista por aquilo que não se vê. Explicando melhor: a eleição em Santos se parece com uma prova de ciclismo, em que vários competidores, sem possibilidades de vitória, trabalham para atrapalhar os principais concorrentes e ditar o ritmo que conduzirá o líder da equipe à vitória.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa, gostando dele ou não, merece o reconhecimento como estrategista político. Além do trem de carga com 16 partidos-vagões, ele conta com o apoio às avessas da oposição para se reeleger sem sair de casa.
Independentemente do tempo monstruoso de TV e rádio - duvido cada vez mais da eficácia do horário eleitoral -, o prefeito não precisará se prender à competência do marketing para vencer outra vez. Basta observar, do gabinete, a implosão eleitoral de seus adversários.
A eleição em Santos será, com alto grau de probabilidade, uma batalha marcada pelo fogo amigo. É preciso descontar as candidaturas de partidos pequenos, por tradição ideológica contrários ao modelo de gestão atual e afinados com os preceitos de uma esquerda do século 20. Outros nanicos somente compõem o cenário.
Eliminemos também a candidatura de Carina Vitral que, pela aliança com o PT, enfrentará a rejeição histórica das alas conservadoras da cidade, mais as fagulhas do incêndio da escola lulista.
Sobram três candidaturas que poderiam unir esforços, mas caminham em paralelo, com discursos semelhantes e fatias de eleitorado mais parecidas ainda. Fora a relativa intersecção de público com Carina Vitral.
Paulo Alexandre Barbosa poderá vencer por inércia. Minha dúvida é: como alguns candidatos vão se portar depois que o primeiro turno passar?
Obs.: Texto publicado no Diário do Litoral, em 7 de agosto de 2016.
Vamos ver a força das mídias sociais e do ativismo.
ResponderExcluirafinal de contas quem escolhe é o povo são as pessoas e creio que devido a insatisfação geral, ainda mais pelo fato do Psdb estar envolvido em várias denúncias, a coisa não será tão fácil para o atual prefeito.
ResponderExcluirA cidade cheia de obras inacabadas não é "tranquila e nem favorável " para o prefeito Barbosinha.