Com o início da campanha eleitoral, os peões se movem na guerra da informação. E, numa guerra, a primeira vítima é a verdade. Mais do que isso, a luta é para se construir uma nova “verdade”, artificial, sorridente, cheia de promessas, sem contexto.
Lula, Haddad e Maluf, em 2012 |
As fotos assinam os casamentos de ocasião eleitoral. Apoios e alianças, que rendem cargos e acesso aos contratos, são chamados de governabilidade, aquela entidade espiritual que justifica as incoerências éticas e históricas.
Mas as fotos, quando bem selecionadas, não naufragam no mar de uma rede social. Imagens podem ser emblemáticas. Fotografias podem ser o documento histórico que mancha a biografia e ressuscita o pecado político sem a presença do confessionário.
As fotos entre os políticos soam como tragicômicas. Experiente na arte de esconder, Paulo Maluf sabe que uma foto é o contrato de cobrança para participar das refeições políticas no poder. Mas ele também sabe que uma imagem pode ser negada com enxurradas de palavras desconexas. O que importa é a frequência e a violência dos argumentos.
Mas as fotos, quando bem selecionadas, não naufragam no mar de uma rede social. Imagens podem ser emblemáticas. Fotografias podem ser o documento histórico que mancha a biografia e ressuscita o pecado político sem a presença do confessionário.
As fotos entre os políticos soam como tragicômicas. Experiente na arte de esconder, Paulo Maluf sabe que uma foto é o contrato de cobrança para participar das refeições políticas no poder. Mas ele também sabe que uma imagem pode ser negada com enxurradas de palavras desconexas. O que importa é a frequência e a violência dos argumentos.
Alexandre Padilha e Paulo Maluf, em amor de verão |
Maluf repetiu com o candidato do PT ao Governo de São Paulo, Alexandre Padilha, a famosa imagem que fez com Lula e o prefeito Fernando Haddad, em 2012. Dias depois, assim como negou que nunca mais se candidataria se Celso Pitta fosse um prefeito ruim, Maluf anunciou apoio a Paulo Skaf, concorrente de Padilha ao mesmo cargo, só que pelo PMDB.
O ex-presidente Lula, sempre simpático para os fotógrafos e cinegrafistas, já tirou fotos com todas as espécies. Sarney, Collor, Maluf, FHC, todos sorriram – em circunstâncias diferentes – para selar uma união pela “governabilidade”. Como interesses e pessoas mudam, Lula e FHC – irmãos na luta pela democracia – hoje parecem velhinhas que implicam com a barra da saia da outra. Lula diz que não lê o que FHC escreve, mas o próprio também já pediu outrora que esquecessem o que escrevera.
Aquele abraço, em Palmeiras dos Índios, Alagoas |
Na semana passada, um episódio da corrida eleitoral na Baixada Santista reforçou a adoção das velhas estratégias de uso da imagem. O candidato a deputado estadual Junior Bozzella apareceu, em cartazes, ao lado do prefeito de Santos, Paulo Alexandre, e o candidato a deputado federal João Paulo Tavares Papa. É a surrada aposta de associar o produto à marca e fisgar o eleitor-consumidor pela desinformação.
Menos de 24 horas depois, os cartazes sumiram dos muros. O prefeito de Santos, bem treinado nas técnicas do marketing político, joga suas fichas na lei do lixo e não poderia ser associado à sujeira da campanha eleitoral. Uma imagem, na política, pode valer como mil palavras, quando surfa na ignorância dos cidadãos.
Na Era da Imagem, as fotos perderam – em sua maioria – o poder de perpetuar um cenário, uma experiência, uma história. Mas, na sabedoria popular, fotografias não mentem sobre um ditado: diga-me com quem andas que te direi quem és.
Menos de 24 horas depois, os cartazes sumiram dos muros. O prefeito de Santos, bem treinado nas técnicas do marketing político, joga suas fichas na lei do lixo e não poderia ser associado à sujeira da campanha eleitoral. Uma imagem, na política, pode valer como mil palavras, quando surfa na ignorância dos cidadãos.
Na Era da Imagem, as fotos perderam – em sua maioria – o poder de perpetuar um cenário, uma experiência, uma história. Mas, na sabedoria popular, fotografias não mentem sobre um ditado: diga-me com quem andas que te direi quem és.